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Título: LINCHAMENTOS E A RESPONSABILIDADE DA MÍDIA SENSACIONALISTA: UMA ANÁLISE DO PRIMEIRO SEMESTRE DO ANO DE 2014, NO ESTADO DE SÃO PAULO.
Aluno: MAÍRA DOMINGOS COSTA
Orientador: GERSON JOSÉ BENELI
Banca:
Ano: 2016   Tipo: PIC
Palavras-chave: sensacionalismo; linchamentos; mídia.
Resumo: Apenas no primeiro semestre de 2014, foram noticiados mais de 50 casos de linchamentos ocorridos no Brasil, segundo o sítio do G1. Os números, contudo, são ainda mais atemorizantes. Estima-se, de acordo com José de Souza Martins, em seu livro “Linchamentos: a justiça popular no Brasil”, que ocorra um linchamento por dia no país. A população, tomada pela consciência coletiva e com o escopo de expurgação, além da descrença em relação às instituições estatais, acaba por cometer barbáries contra seres humanos, muitas vezes, inocentes. Assim ocorreu com Fabiane Maria de Jesus, morta em um linchamento em 2014, por causa do retrato falado de uma suposta sequestradora de crianças, divulgado em redes sociais. Hodiernamente, a mídia é considerada como o quarto poder, trazendo resultados deveras positivos na atualidade. Contudo, a mídia sensacionalista tem se mostrado capaz de determinar condutas atrozes, que constituem verdadeiras afrontas a princípios a duras penas conquistados – como o da presunção da inocência. Isso leva à vingança privada criminosa. Para eximir-se da responsabilidade sobre os linchamentos, invoca-se a liberdade de imprensa, instituto positivado pela Constituição Federal em seu artigo 220. Contudo, mister ressaltar que esse direito constitucional, assim como os demais, não é absoluto. O objetivo do presente trabalho é esclarecer de que modo a mídia sensacionalista contribuiu para que ocorressem linchamentos, mais especificamente no estado de São Paulo, no primeiro semestre do ano de 2014.
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